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Gestão é diferencial para carreiras técnicas

Muitos estudantes que optam por carreiras técnicas, como engenharia, direito ou medicina, chegam ao fim do curso sem um foco definido.

Muitos estudantes que optam por carreiras técnicas, como engenharia, direito ou medicina, chegam ao fim do curso sem um foco definido. Movidos pela aptidão e sem formação voltada à gestão empresarial, administrar o próprio escritório ou clínica pode se tornar um bicho de sete cabeças para os recém-formados. Para Rodrigo Bertozzi, consultor e pioneiro na gestão de escritórios de advocacia e marketing jurídico, esse problema está cada vez mais em evidência. 

Bertozzi se diz um crítico ferrenho da grade curricular das universidades, porém defende que os acadêmicos devem buscar este conhecimento em outras fontes. "Um bom profissional já começa a fazer o diferencial na universidade. O que não é oferecido na academia deve ser buscado fora. A questão da gestão é fundamental", salienta. O consultor apontou os pontos positivos e negativos da nova geração de profissionais. "Eles têm acesso às informações globais em curto tempo e sabem lidar com isso. Porém necessitam sair da zona de conforto, aprender a lidar com frustrações", recomenda. 

De acordo com o consultor, sem um planejamento definido, esses profissionais recém-formados desperdiçam boas chances de crescimento na carreira, sonhando exclusivamente com concursos públicos, por exemplo. "Muitos jovens com certo talento desperdiçam o tempo em segmentos saturados, sem perspectiva de crescimento. Se tivessem investido algumas horas a mais em estudos sobre o mercado, com certeza teriam outro panorama." 

Na área da advocacia, campos como Direito do Entretenimento, Biodireito, Direito Bélico são opções promissoras ainda pouco exploradas, segundo o consultor. "Vivemos a era da expertise. Estas são novas portas que se abrem para profissionais que acompanham as tendências e constroem cenários futuros favoráveis neste mercado competitivo", afirma. Atualmente, os escritórios brasileiros de advocacia atuam em 48 áreas, contra 10 em 1990.

Para Bertozzi, este é um caminho sem volta. "Será cada vez mais necessário que os escritórios profissionalizem suas estruturas e sua gestão como se fossem verdadeiras empresas, se adaptando às novas necessidades do mercado", aconselha. "O domínio da gestão empresarial, da gestão do tempo, agrega valor aos serviços prestados e faz com que o profissional e o escritório se diferenciem de seus concorrentes e alcancem o sucesso empresarial", completa.

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