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A escassez de profissionais de tecnologia impedirá transformação digital do Brasil
Com a evolução da tecnologia, surgem constantemente novas soluções que transformam a vida das pessoas
Com a evolução da tecnologia, surgem constantemente novas soluções que transformam a vida das pessoas. Nesse sentido, empresas concebidas antes do surgimento da internet vêm cada vez mais usando o processo de digitalização para ampliarem os avanços tecnológicos que impactam pessoas de todo o mundo. Essa modernização é muito aplicada para possibilitar o comércio digital, novos meios de pagamento, políticas públicas, logística e delivery, entre outros fins – e contribui para o aperfeiçoamento do desempenho das organizações e, consequentemente, o alcance de suas soluções.
Por outro lado, a falta de profissionais de tecnologia para essas soluções digitais é um desafio constante em muitos países. Em um mundo cada vez mais digital, as empresas precisam de profissionais habilitados e capacitados para desenvolver e implementar recursos para atender às suas necessidades. Considerando que a demanda por esses talentos está superando a oferta, a capacidade das empresas de diversos setores de competir no mercado é afetada diretamente.
A propósito, a última previsão divulgada pelo Gartner aponta que os gastos mundiais com TI crescerão 2,4% em 2023. A tendência é que esses investimentos sejam destinados principalmente para o combate aos crimes cibernéticos, que continuam ocorrendo independentemente das crises econômicas globais. Para se ter uma ideia, a empresa de pesquisas Canalys prevê que o mercado de segurança cibernética deve movimentar, este ano, aproximadamente US$ 223 bilhões.
Mas como a escassez de talentos de tecnologia deve ser superada? Uma solução viável é investir em programas de treinamento e capacitação – há empresas de todos os portes oferecendo mentorias para os seus colaboradores, a fim de desenvolver suas habilidades e conhecimentos em tecnologia, por exemplo. Além disso, outro recurso interessante é a união entre companhias e instituições de ensino técnico para a criação de programas de capacitação que contribuam para preparar jovens e iniciantes na profissão.
É válido ressaltar que alguns países encaram essas mesmas condições, mas muitos deles podem ter uma abundância de profissionais qualificados. Por isso, as empresas podem buscar esses talentos estrangeiros e oferecer-lhes oportunidades de trabalho em suas próprias organizações, inclusive de forma remota. Ao dispor desses profissionais, as empresas devem integrá-los aos times de trabalho existentes, maximizando a sua contribuição para a companhia.
Em contrapartida, a exploração de novas tecnologias – como inteligência artificial e automação – podem ser alternativas proveitosas para a execução de tarefas que antes eram realizadas manualmente pelos profissionais de tecnologia. Essa não é uma opção que os substitua por completo, mas sim uma forma de atender demandas repetitivas e, ao mesmo tempo, não tão complexas.
Em resumo, a falta de profissionais de tecnologia para soluções digitais é um problema complexo e que precisa ser abordado com maior atenção, criatividade e eficácia pelas companhias. Investir em programas de treinamento e capacitação, atrair profissionais de outros países e explorar novas tecnologias são algumas das soluções para esse cenário. Desse modo, as empresas poderão garantir que os seus serviços tenham êxito e vigorem no mercado.
*Vitor Magnani é presidente do Movimento Inovação Digital (MID).
Sobre o Movimento Inovação Digital (MID):
O Movimento Inovação Digital (MID) é uma entidade que reúne as maiores plataformas digitais do País nos segmentos de marketplaces, e-commerces, healthtechs, bancos digitais, fintechs, meios de pagamento, investidores e outros. O MID surgiu para representar e abordar interesses coletivos relacionados ao ecossistema digital junto ao Poder Público, instituições de ensino e sociedade civil.
Para isso, ela fomenta ações públicas e privadas que contribuam para o desenvolvimento da transformação digital, competitividade e sustentabilidade no Brasil. Atualmente, o Movimento reúne mais de 150 empresas, como Mercado Livre, Quinto Andar, Loft, 99, GetNinjas, PayPal, Loggi, Movile, Americanas, C6 Bank, Facily, Rappi, Tembici, OLX, WorldPay, Hotmart, Dr.consulta, Teladoc, Maida.Health, Adiq, PaySmart, Banco Inter, Grupo Mosaico, Leroy Merlin, BanQi, Whirpool, Banco Carrefour, Monetizze, Sodexo, TecBan, Edenred, entre outras.
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