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Cidades inteligentes não são apenas as mais digitais, afirma doutora em Tecnologia da Informação

Ampliando o conceito das chamadas 'smart cities', para a coordenadora de MBA em Gestão de Cidades Inteligentes, da Facens, Regiane Relva Romano, qualquer organização, a partir de uma pequena estrutura familiar, por exemplo, pode se tornar um complexo inteligente

Autor: Renata RosaFonte: A Autora

Programa inovador coordenado por Regiane Romano tem matrículas abertas para nova turma de gestores

No mundo inteiro, governos e empresas de todos os portes têm sido desafiados pela transformação digital, indústria 4.0, ESG (Environmental, Social and Governance), os novos hábitos de postura e consumo causados pela pandemia e, até controversamente neste momento, o aumento da expectativa de vida da população.

Segundo dados recentes, o mercado de cidades inteligentes vai atingir 2.5 trilhões de dólares até 2025 no mercado global. Mas, o principal objetivo das comunidades inteligentes não deve ser a utilização de soluções digitais para enfrentar os seus desafios.

Para a doutora em Tecnologia da Informação e coordenadora do MBA em Gestão de Cidades Inteligentes da Facens, Regiane Relva Romano, trata-se de colocar o cidadão, ou a pessoa, no centro dessas soluções. “Pode envolver toda a tecnologia e modais de Dubai ou apenas a instalação de sanitários em pontos estratégicos de uma pequena aldeia na África”, declara.

Cidades mais ricas e novos bilionários

Na visão dela, as cidades inteligentes que integrarem a implementação das práticas ESG vão se tornar cidades mais ricas, pois serão cidades mais criativas, mais bem preparadas para o mercado, para fornecer serviços e gerar emprego.

“E o modelo é replicável para qualquer organização que deseja ser inteligente, o que facilita também o surgimento de novos bilionários a partir do nascimento constante de novas ideias para sanar todos os tipos de dores, com modelos escaláveis e replicáveis, ainda mais usando de comunicação e tecnologia”.

Diferentes soluções

Segundo Regiane, as regiões, cidades, localidades e organizações em geral são, e demandam, soluções diferentes para resolver seus problemas e suas necessidades. “Cidadãos é que devem ser os protagonistas e estarem no centro das ações. Se fizermos isso, respeitando o meio ambiente e tornando a vida deles melhor, já teremos uma cidade ou organismos inteligente”, afirma ela.

Para além dos conceitos atuais sobre cidades inteligentes, a mensagem que Regiane quer deixar é que qualquer comunidade, complexo empresarial ou organização, a partir de uma pequena célula familiar, por exemplo, pode ser “smart cities”.

“Fazer uma organização inteligente é desenvolver e criar espaços mais humanos, sustentáveis, ecológicos, educados e resilientes. Empresas, indústrias, hospitais, escolas, shoppings, rede varejo, todo lugar que precisa cuidar de água, energia, negócios, mobilidade, governança pode ser mais inteligente. É disso que estamos falando”, explica.

Preparo de novos gestores

A paixão pelo tema a levou a desenvolver uma formação totalmente diferenciada no mercado de educação executiva, realizada atualmente no formato EAD para atender a profissionais de todo o Brasil, e exterior. (Matrículas abertas aqui). De acordo com a especialista em Ciência, Tecnologia e Informação, os líderes atuais precisam desenvolver uma visão holística de gestão e inovação, em que as soluções digitais são apenas meios, e não o fim de todas as coisas.

Para tornar a formação executiva acessível em nível nacional e colaborar com a formação de mais profissionais com esses conceitos, a Newton Paiva, uma das principais instituições de Ensino Superior de Minas Gerais, dedicada à Educação desde 1970 e focada em inovação, passou a comercializar o programa. O objetivo é ampliar as possibilidades de acesso a alunos de todo o Brasil, bem como flexibilizar as condições de pagamento por meio de financiamento via Intersector, empresa parceira da Newton Paiva-Facens.

Para saber como ingressar no MBA com pagamento facilitado ou financiamento por meio da Intersector, acesse aqui.

Eixos temáticos e foco na prática

O programa está estruturado em nove eixos temáticos alicerçados em educação – que transforma tudo, e inovação – que engloba as novas formas de implementar uma solução, da comunicação à tecnologia, tendo como viés o ESG.

“Social é colocar a pessoa no centro. O environmental está olhando para o meio ambiente e sustentabilidade e o governance faz tudo isso funcionar. Você tem que ser ecologicamente correto, socialmente inclusivo e fazer tudo isso acontecer com transparência em sua gestão. Não existe smart cities sem passar pelo ESG - economicamente viável, escalável e implementável”, pontua.

Totalmente focado na prática, o curso oferece 18 laboratórios para o aluno “prototipar”, criar, testar e implementar em espaços destinados a diversos setores, como games e apps, empreendedorismo, gestão e outros. Para completar a experiência, o Smart Campus conta ainda com ecossistema de referência em IoT no Brasil, que tem o primeiro centro de 5G no Brasil e parceria com mais de 580 empresas que buscam ali, na fonte da inovação, profissionais e soluções.

“Não tem jeito de não sair do curso sem um projeto completo em mãos, mesmo porque para concluir a formação, é necessário entregar um Plano Diretor de Tecnologia de Cidades Inteligentes – PDTCI, realizado ao longo do programa.

“Outro diferencial do programa é a paixão que nosso time possui pelo tema, com professores altamente recomendados por suas experiências acadêmicas e relevância no mercado”. Além disso, o programa desse MBA em Smart Cities oferece um módulo opcional internacional ao final do curso na Espanha, com visita monitorada ao Smart City Expo, maior evento de cidades inteligentes da Europa, e à Universidade de Lleida, onde os alunos poderão participar de palestras e visitas guiadas.

Para explicitar como o conteúdo está desenhado, Regiane elenca uma série exemplos comuns a todos os tipos de organizações. Desde os resíduos sólidos que continuam sendo problemas em todos os lugares, às novas formas de captação para geração de economia energética, mobilidade, otimização dos espaços e o reaproveitamento de materiais, tudo coopera para a inteligência de um organismo.

“Se pensarmos sistematicamente nesses pontos, não será mais utopia, mas efetivamente poderemos mudar o planejamento das cidades ou empresas para tornar a vida das pessoas melhor. Afinal, qual legado vamos deixar?”, desafia ela.

Aliás, a paixão dedicada à formação de novos gestores e ao projeto já foi reconhecida em todo o mundo por meio da participação em comitês internacionais e diversos prêmios em que concorreu com países “altamente desenvolvidos”.

Com o projeto Smart Campus, a Facens, por meio de Regiane Romano, é vencedora do Prêmio ID People Awards. Também recebeu o Prêmio Top Educacional 2016 e o Prêmio Inovação da GS1 na Categoria Educação e foi reconhecida em Londres com o Prêmio Smart City UK, o Best IoT Technology Development Award - IDTechEx Europe, e o “Melhor da Academia ABRFID”, ambos em 2018.

Neste aspecto, apesar de toda a tecnologia disponível e embarcada em qualquer organização, não é isso que faz de uma cidade ou complexo empresarial uma comunidade inteligente, pois concorrendo com projetos de diversos países do mundo, o Brasil foi vencedor.

A vitória, na opinião da doutora Regiane Relva, é que ela vivencia, na prática, os conceitos que prega, com a experiência real do smart campus da própria Facens - conceito inovador patenteado de campus inteligente, localizado em Sorocaba (SP) e aberto à visitação.

Devido à sua atuação e formação no setor, a coordenadora, que tem cinco pós-graduações, mestrado e doutorado na área de Tecnologia da Informação, foi convidada a ser assessora especial no Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, ao lado do ministro Marcos Pontes.

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