Notícias
Tempo, tempo, tempo...qual é o valor do tempo?
A sensação de quem controla diversas atividades é de ter mais tempo para tudo
Resumo:
A sensação de quem controla diversas atividades é de ter mais tempo para tudo. O segredo para alongar o tempo? Não desperdiçá-lo.
Descrição:
O termo TEMPO é aplicado para expressar uma medida de instantes e com base nela é que os homens conseguem se situar na rotina diária, mas não é só isso. O professor Francisco da Silva Bueno, no Minidicionário da Língua Portuguesa, define o tempo como a “sucessão de dias, horas, momentos; período; época; estado atmosférico; estação ou ocasião própria; cada uma das partes completas de uma peça musical em que o andamento muda.”
O tempo, unidade de medida criada pela humanidade, já passou para muita gente, como para os filósofos Sócrates, Platão, Aristóteles e Nietzsche. Também para Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Pedro Álvares Cabral, Dom Pedro I, Getúlio Vargas, Steve Jobs. Nesta relação, alguns ainda podem lembrar-se dos bisavôs e avôs. Outros sabem que o tempo passou também para os pais. O tempo passa rápido demais, que o digam pessoas que já viveram bastante. Em 2009, o cantor sertanejo Tinoco, à época com 88 anos, fez um show em minha cidade, Maringá. Muito pensativo, contou ao público: “parece que foi ontem que eu e o Tonico começamos a cantar”. O irmão dele já havia falecido e em 2012 o tempo terrestre do Tinoco também findou.
Na composição Oração do Tempo, Caetano Veloso diz que o tempo é o “tambor de todos os ritmos [...] és um dos deuses mais lindos”. E é com esta reverência ao tempo que conclamo os leitores a refletir sobre o emprego do tempo em suas vidas. Desperdiçamos o bem mais precioso e limitado que possuímos nas seguintes situações: quando falta tempo para organizar o tempo; quando o tempo é curto para realizar projetos importantes; quanto o tempo passa despercebido sem que se saiba como foi empregado; quando perdido com atividades desnecessárias ou com processos ultrapassados, o que exige mais tempo. O bom investimento do tempo não é o aplicado no trabalho para ganhar o sustento da família e adquirir patrimônio; também não é o que se gasta para ficar ao lado dos familiares e amigos; ou o tempo investido nas mais diversas igrejas para se aproximar de Deus. Também não é o investido para estudar. O bom investimento do tempo é distribuído, que permite trabalhar, estudar, curtir familiares e amigos, praticar esporte e o que mais você considerar importante e te fizer feliz.
Neste artigo desejo incentivá-lo a fazer o controle do tempo no trabalho, a fim de que reste mais tempo para estar junto de sua família e para executar as demais tarefas, pois não é saudável trabalhar 12, 15 e até 18 horas por dia, inclusive nos finais de semana. Será que ao final da vida estas pessoas ficarão felizes ao lembrar-se como investiram o tempo? Profissionais que não conseguem aproveitar o tempo de forma produtiva poderão ter dificuldades para conquistar a remuneração justa e necessária para a manutenção dos gastos familiares ou consumir mais tempo que o desejado. Estes também podem serem infelizes.
Oito horas diárias e bem investidas no trabalho é tempo suficiente para conquistar boa remuneração e qualidade de vida para você e seus colaboradores. Se não houver qualquer controle do tempo aplicado nas diversas tarefas diárias é impossível saber se o mesmo foi bem aplicado. Peter Drucker (1909 – 2005), pai da administração moderna, já dizia que “se você não pode medir, não pode gerenciar.”
Hoje, com o desenvolvimento das ferramentas certas, a medição do tempo nas atividades executadas diariamente é tarefa simples, mas constantemente me deparo com colegas, especialmente empresários contábeis, que afirmam não conseguir implantar a metodologia, pois os colaboradores não estão dispostos a contribuir. Os funcionários podem acreditar que o controle do tempo poderá prejudicá-los, pois o desperdício ficará exposto e as comparações entre a qualidade do tempo empregado pelos colegas aparecerão. Tudo isto e muito mais é possível acontecer. O empresário descobrirá que os honorários pagos por determinados clientes são baixos em relação ao tempo e ao serviço exigido, entre outros casos.
Conhecer a lucratividade de cada cliente é a “cereja do bolo”! Com o controle do tempo das suas atividades e de seus colaboradores será possível selecionar os clientes mais rentáveis, atuar para que os clientes geradores de prejuízos passem a contribuir com lucro ou descartá-los, valorizar os bons funcionários e treinar ou afastar os improdutivos. Este simples controle – simples, pois existem diversos softwares especializados nesta tarefa – é capaz de impulsionar a lucratividade de seu negócio, dando-lhe mais tempo para aplicar o tempo em outras atividades, como família, lazer, estudo, religião etc.
Meça o tempo para melhorar a gestão da empresa, utilizando-o em benefício próprio. O tempo serve para realizarmos nossos mais diversos sonhos. Quando nosso tempo estiver findando e pudermos dizer que ele foi bem aproveitado, então seremos felizes. A nossa felicidade não será medida pelo que os outros dizem, mas pelo nosso sentimento. O valor do tempo é inestimável, por esse motivo é necessário fazer o melhor aproveitamento dele.
Gilmar Duarte é palestrante, contador, diretor do Grupo Dygran, autor dos livros "Honorários Contábeis" e “Como ganhar dinheiro na prestação de serviços” e membro da Copsec do Sescap/PR.
21/05/2017
Pesquisa Nacional das Empresas Contábeis – PNEC (https://goo.gl/XGJ4Rc)