Entendendo que o momento é importante para essa reflexão, passamos a analisar as atividades operacionais de escritório de contabilidade, em face da exigência da empresa atual e estabelecendo uma proposta estratégica para a sua mudança motivada pelo choque do futuro, motivado pela modernidade tecnológica, implementação da legislação tributária, mudança cultural dos empreendedores, necessidade de interagir com a empresa num mercado globalizado.
É inegável que os profissionais de contabilidade estejam antenados com os fatos que deverão proceder a mudanças significativas em sua atividade operacional o mais breve possível, pois acredito que sobreviverão os escritórios de contabilidade que agregarem valor a sua atividade, ou seja, analisando relatórios, ajudando no Planejamento Empresarial, procedendo a um Planejamento Tributário por Elisão Fiscal, controlando Custos e Despesas, participando do Planejamento Estratégico da empresa, dando assessoria e consultoria mais abrangente, elaborando auditoria interna, agregando atividade de advocacia, marketing e demais em seu escritório, utilizando a informática em suas ações, antevendo cenários econômicos para a empresa, ajudando na busca de projetos que possam agregar valor a empresa, participando de estudo de viabilidade econômica da empresa, mas para o entendimento prático dessas importantes variáveis é necessário uma educação de qualidade que demonstre competência devidamente comprovado através de suas ações, seja se aprofundando e se aperfeiçoando em contabilidade, consultoria, assessoria, planejamento, custos, analise etc, ou artigos por ele escritos e publicados, ou ministrando aulas naquilo que ele acredita ser importante para a sociedade.
Aquele que não tem uma educação de qualidade, nada pode oferecer a empresa cliente a não ser a singularidade retórica de seus serviços que não agrega valor e que lamentavelmente acompanhará a empresa até seu regime falimentar.
Diante desse quadro atual traçamos os serviços prestados na atualidade e seus gravames que podem prejudicar a empresa cliente, tendo em vista o seu continuísmo se não houver uma mudança significativa do profissional e principalmente da empresa por necessitar de serviços mais antenados com o mercado.
Aspecto social:
Abertura e alterações sociais, inclusive com a busca de sua documentação suplementar decorrente de sua regularidade junto aos órgãos federais, estaduais, municiais e similares;
Conhecimento da Constituição Federal e da legislação comercial, tributária, trabalhista, civil, e demais.
Aspecto do Setor Fiscal:
Sistema de informática específico.
Conhecimento e aplicação da legislação tributária, federal, estadual, municipal, obedecendo a sua obrigação tributária.
Aspecto do Setor Pessoal:
Sistema de informática específico
Conhecimento e aplicação da legislação trabalhista, previdenciária, social em diversos níveis, obedecendo a sua obrigação tributária.
Aspecto da Contabilidade:
Sistema de informática específico
Importação de dados dos sistemas periféricos (Fiscal, pessoal etc)
Conhecimento e aplicação da legislação comercial, contábil, civil, e demais no exercício da contabilidade.
Livros eletrônicos:
Livros Fiscais
Livros Trabalhistas
Livros Contábeis
Relatórios:
Demonstrativos financeiros e contábeis.
Importância para a empresa cliente
SINGULAR
MOTIVO:
Os serviços prestados pelos escritórios de contabilidade não estão vinculados a um planejamento empresarial e atende somente a legislação fiscal, trabalhista e previdenciária, o que hoje é singular diante das novas exigências do mercado globalizado.
Não há identificação da sincronia racional com um planejamento tributário por elisão fiscal.
Não se coaduna com o planejamento e controle de Custos e Despesas
Não se identifica com um Planejamento Estratégico da empresa
Na maioria dos fatos a Contabilidade depõe contra a realidade da empresa cliente, pois não exara veracidade dos fatos.
A conta CAIXA geralmente está estourada ou tem saldo excessivo, o que comprova a sua falta de transparência.
A conta Bancos conta Movimento, se controlada não condiz com a realidade da empresa.
Os Estoques em sua totalidade não exprimem a veracidade dos valores da empresa.
Geralmente não existe controle do ativo imobilizado, dificultando o aproveitamento do custo de Depreciação.
Há um nítido Passivo Fictício, facilmente identificável.
As obrigações trabalhistas, fiscais, sociais geralmente não exprimem transparência.
Os empréstimos e financiamentos têm difícil controle e mensuração na contabilidade.
No procedimento de fiscalização, em qualquer nível fica evidenciado o fato registrado pela contabilidade em detrimento aos fatos reais da empresa, resultando na punição da empresa através de auto de infração ou negociatas.
Inexiste relatório que possa demonstrar a empresa cliente a possibilidade de sua exposição á fatos considerados punitivos pela fiscalização.
Na maioria dos fatos o escritório de contabilidade diz que a culpa dos erros da contabilidade é da empresa cliente.
Segundo alguns escritórios de contabilidade a empresa cliente só pensa em sonegar imposto.
A venda sem emissão de Nota Fiscal é um fato perfeitamente comprovado.
A compra sem a Nota Fiscal está comprovado nos estoques.
Os pagamentos ou recebimentos das transações passíveis de sanções fiscais são facilmente comprovados.
Numa simples demonstração financeira é possível a identificação de fatos passíveis de sanções fiscais.
Numa simples demonstração de compra, vendas, estoque anterior e estoque atual é possível a identificação de estoque fictício.
Numa simples análise financeira é possível a identificação de passivo fictício.
Na maioria os demonstrativos que são analisados é um balancete de verificação, um balanço patrimonial e uma demonstração do resultado do exercício.
As conciliações das contas para se aproximar da realidade dos fatos da empresa é um exercício crucial.
A empresa cliente não tem controle interno de seus registros que possam ser confrontados com a contabilidade.
O setor fiscal mensalmente recebe as notas fiscais de compras e de vendas e atende a obrigação fiscal, mas não geralmente não expede nenhum relatório para a empresa cliente que possibilite antever situações anômalas.
O Setor de pessoal recebe informações para elaboração de sua folha de pagamento e gera suas obrigações trabalhistas e previdenciárias, mas geralmente não emite relatórios circunstanciais para aferição e avaliação dos fatos passiveis de fiscalização.
O Setor de contabilidade quando consegue elaborar um demonstrativo geralmente está defasado pelo tempo e a alternativa possível geralmente é dificultada para que a empresa possa proceder alguma ação corretiva.
Segundo o profissional da contabilidade o gestor não dá devida atenção aos relatórios da contabilidade.
Segundo os gestores das empresas clientes a contabilidade atende somente ao fisco e não há sintonia racional com os fatos reais da empresa.
ALGUMAS SUGESTÕES:
a) ANÁLISE CONJUNTURAL DE TODA SUA CONTABILIDADE, SETOR FISCAL E SETOR PESSOAL;
b) IDENTIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS AGRAVOS FISCAIS QUE A EMPRESA ESTÁ PASSÍVEL
c) IMPLANTAÇÃO DE UM PLANEJAMENTO EMPRESARIAL MAIS REALISTA E ABRANGENTE.
d) PROCEDER A UM ENTENDIMENTO DOS AGRAVOS EM TECNOLOGIA NO AMBITO DA FISCALIZAÇÇÃO TRIBUTÁRIA;
e) MANTER A CONTABILIDADE COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE INTERNO PARA AFERIÇÃO DOS FATOS DA EMPRESA;
f) PROCEDER MUDANÇAS SIGINIFICATIVAS NA CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS CITADOS.
Com o advento da implantação de sistemas de informática no procedimento fiscalizatório, seja o SPED-Contábil, SPED-Fiscal, Nota Fiscal Eletrônica, exigirá da empresa cliente maior transparência de suas ações, deixando expor uma situação discutível sobre a situação da contabilidade, pois no futuro que nos espera a contabilidade e seus setores periféricos devem demonstrar maior transparência, ficando citado serviço mais fácil de sua execução o que poderá ser elaborado dentro da própria empresa, e os relatórios expedidos motivo de analise e aferição junto a assessoria e consultoria contábil, que deverá externa com competência e qualidade a situação real da empresa face as variáveis existentes e buscar traçar melhorias para atingir aos cenários futuros.
O presente artigo tem o objetivo de alertar os profissionais sobre a necessidade de mudanças significativas que podem influir diretamente no seu continuísmo e demonstrar a empresa cliente à mudança cultural que deve antever antes de acontecimento de fatos insuportáveis.
ELENITO ELIAS DA COSTA
Contador, Auditor, Analista Econômico e Financeiro, Instrutor de Cursos do SEBRAE/CDL/CRC, Professor Universitário, Professor Universitário Avaliador do MEC/INEP do Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, Consultor do Portal da Classe Contábil, da Revista Netlegis, do Interfisco, do IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Boletim No.320), Autor de vários textos científicos registrados no Instituto de Contabilidade do Brasil, sócio da empresa IRMÃOS EMPREENDIMENTOS CONTÁBEIS S/C LTDA.
E-mail: elenitoeliasdacosta@gmail.com